segunda-feira, março 01, 2010

Catarse nº33

Eu vou escrever um monte de merda aqui porque eu preciso escrever. Faz tempo que não escrevo e essa vontade parece que não sai de mim. Eu já desisti há tempos, mas não sei o que é. É uma vontade de insistir no que parece ser uma vocação. E se eu fui chamado, eu que não costumo correr do confronto, o que fazer? Eu não sei não, mas essa vontade é muito forte, essa alma de poeta, acostumada com grandes sofreres e regozijos me apetece a alma. Eu peço desculpa às musas. Eu bem que tentei sair dessa, dar um tempo... mas por mais que eu me esforce, os dedos coçam, a cabeça não pára de pensar, o desejo é ver as letras sucedendo-se umas às outras em um fluir que busca eternizar-se. Talvez esse desejo de ser eterno, ao menos entre os homens, seja um medo da morte, do esquecimento, uma necessidade de fazer-se presente além do nosso presente, de influenciar, de tornar a existência menos sofrível, sei lá. Não tenho essas respostas. Eu sei que escrevo e tenho vontade de me expressar por meio das palavras. Nem que seja escrever sobre a própria vontade de escrever que é o que agora faço. As idéias são um astro que vaga por aí. Escrevendo vamos descobrindo até onde vai a imaginação humana, expandimo-la. Talvez a escrita, a imaginação sejam o aporte que leva à frente esse gênero peculiar de criatura que é o ser humano, esse macaco tão esperto. Por enquanto, vamos por aí desbravando novas fronteiras dentro de nós mesmos e levando outros a refletir no espaço a consciência da imensidão que não vemos, mas tentamos criar. Levemos o mundo adiante, até onde? Não sei dizer. Mas levemos. Nada melhor que não ficar parado, nada como o universo em expansão.

Um comentário:

  1. você não pode imaginar o quanto eu tô gostando do que estou lendo aqui.

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