Quando vierem outros sóis
Depois de gastas a força e a eternidade: juventude
De ti lembrarei como um remanso
Pedaço perdido da primeira castidade
Pois foi quando nos vimos pela primeira vez
que senti amor e também ódio
e tudo era vingança
fosse boa ou ruim
porque já não sabia em mim
reter o que a sua presença plantava
e o amor cresceu
como planta nas chuvas do verão
Mas aí já estarei velho outonal
e a lembrança será marca antiga
talhada em casca de árvore
pedaço do tempo, de mim e de ti.
sábado, abril 24, 2010
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Li esse poema da primeira vez na mesma tarde em que você o escreveu e achei melhor pensar um pouco mais antes de comentar.
ResponderExcluirAcontece que minha opinião não mudou -
continuo gostando especialmente do trecho (talvez porque ele soe um pouco autobiográfico pra mim mesma):
"porque já não sabia em mim
reter o que a sua presença plantava
e o amor cresceu
como planta nas chuvas do verão"
e continuo com o mesmo receio de que essas suas palavras - de um amor antigo e forte - sejam inspiradas em alguém de carne e osso.
pronto, falei.
(: